quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Análise Crítica do Filme: “HOTEL RUANDA”



ROTEIRO DE ANÁLISE

1. Em 1994 um conflito político em Ruanda levou à morte de quase um milhão de pessoas em apenas cem dias. Sem apoio dos demais países, os ruandenses tiveram que buscar saídas em seu próprio cotidiano para sobreviver. Uma delas foi oferecida por Paul Rusesabagina (Don Cheadle), que era gerente do hotel Milles Collines, localizado na capital do país. Contando apenas com sua coragem, Paul abrigou no hotel mais de 1200 pessoas durante o conflito. Carecemos de mais exemplos de solidariedade, dignidade, coragem e ética. Vivemos num mundo onde os escândalos parecem prevalecer, a corrupção tomou conta de vários países (até mesmo do nosso), a violência perturba nossas vidas sem que os outros se sensibilizem e a desonestidade é a regra e não a exceção.
 Faça um breve comentário acerca da postura adotada por Paul Rusensabagina.



2. O massacre da população de Ruanda, um pobre país exportador de chá e café, localizado na região central do continente africano, ex-colônia da Bélgica, não foi capaz de movimentar a imprensa internacional. Calcula-se que aproximadamente um milhão de pessoas tenham morrido na guerra civil que abateu o país em 1994 e praticamente nada a respeito do assunto foi divulgado para os países do Ocidente.
 Em uma das cenas mais importantes do filme Hotel Ruanda, o jornalista Jack Daglish  (interpretado por Joaquin Phoenix) volta das ruas com fortes imagens do horror da guerra. Inúmeros mortos espalhados pelo chão enquanto as violentas ações continuam aparecem nas filmagens mostradas pelo repórter ao chefe de sua equipe e são também vistas por Paul Rusesabagina. Preocupado com a reação do gerente do hotel, Daglish se desculpa e Paul responde que acha importante que a comunidade internacional saiba dos acontecimentos em Ruanda para que se mobilize. A resposta do jornalista é então sintomática quanto à repercussão desses ocorridos quando ele diz que as pessoas verão isso enquanto jantam, se sentirão sensibilizadas e, depois de alguns segundos de indignação, retornarão as suas refeições... De que forma podemos superar essa tão evidente indiferença? O que pode ser feito para que não fiquemos apenas pasmos com os acontecimentos e imobilizados em nossas ações?



3. As atrocidades aconteceram há 18 anos, os ataques começaram nos primeiros dias de abril de 1994, e não houve qualquer tipo de intervenção de órgãos de segurança mundial. Keir Pearson, roteirista do filme “Hotel Ruanda”, declara no material extra do DVD: “Quando comecei a pesquisar o assunto o que me espantou foi que a ONU sabia o que estava acontecendo, foi alertada, mas houve um esforço consciente do Ocidente em ignorar”.
 As tropas da ONU pouco fizeram e mantiveram uma postura omissa quanto à possibilidade de salvamento das vítimas. Quais trechos do filme expressam a omissão da ONU no genocídio de Ruanda? Sabendo das responsabilidades deste órgão, o que ela deveria ter feito para evitar ou amenizar as conseqüências deste conflito?

http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=479

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